Parece que foi ontem, mas já foi há quatro anos. Foi a 23 de agosto de 2020 que Miguel Oliveira alcançou a sua primeira vitória no MotoGP, durante o GP da Estíria naquela que era apenas a segunda época na classe rainha.
O piloto, que na altura competia na Red Bull KTM Tech3, partiu da oitava posição na segunda corrida de 2020 em Spielberg – que foi um dos circuitos duplicados no calendário adaptado devido à pandemia.
A corrida dividiu-se em duas partes devido a uma bandeira vermelha mostrada na sequência de um assustador acidente de Maverick Viñales na curva 1 (cuja moto incendiou). Aquando da interrupção, Oliveira era sétimo, e foi dessa posição que arrancou no recomeço.
No reatar, o português colocou-se desde logo no top quatro. O pódio parecia possível, quando na sexta volta ultrapassou Joan Mir. Mas, em cima do fim, a explosão de alegria para todos os adeptos lusos e também na Tech3.
Na última curva, aproveitando o duelo entre Jack Miller e Pol Espargaró poucos metros à sua frente, Oliveira foi inteligente, conseguiu adotar a trajetória ideal, ultrapassou ambos os rivais que não tiveram capacidade de reação a tempo.
Estava escrita uma página de glória no desporto português. Era a primeira vitória de um piloto do país na classe máxima do motociclismo de velocidade. Um feito que Oliveira já repetiu por mais quatro vezes desde então, incluindo no GP de Portugal desse ano perante o seu público em Portimão.
Em 2025, o piloto de Almada começará um novo capítulo da sua carreira, numa equipa ainda por anunciar – espera-se que seja na Prima Pramac Racing, satélite da Yamaha. Uma fase em que tentará ajudar no desenvolvimento da YZR-M1 e, no futuro, escrever novas páginas de sucesso no MotoGP.