Um dos melhores passeios de todo-o-terreno em Portugal realizou-se nos dias 12, 13 e 14 de janeiro, cumprindo-se assim um evento que é já uma tradição e que teve a sua 11ª edição nas pistas algarvias.
Neste evento, apenas motos trail e big trail são permitidas – ou motos de enduro/rally raid com torre de navegação – o que automaticamente faz com que o tipo de pessoas que se inscreve para fazer parte desta aventura seja selecionado. Ou seja, é um evento em que a grande maioria dos participantes tem uma condução e conduta mais responsável, não só porque pilotam motos mais pesadas, como também mais caras. A prova disso é que este ano praticamente não houve acidentes, e a equipa médica do Dr. Gonçalo Barradas e do Dr. Pedro Barradas teve a vida facilitada, e pelo menos a nós deram uma grande sensação de segurança ao estarem estrategicamente visíveis e posicionados em vários pontos chave do percurso.
AS NOSSAS COMPANHEIRAS PARA A AVENTURA
As motos com que fizemos esta 11ª edição de O Nosso Dakar foram as BMW R1300GS, e agora sim, tivemos a oportunidade de as pôr à prova. Fomos à apresentação oficial em Málaga onde houve uma boa secção de todo-o-terreno, mas foi durante estes três dias de evento que tivemos a verdadeira oportunidade de as testar verdadeiramente. Realizámos 410 quilómetros, maioritariamente em terra, onde não só acompanhámos todas as motos com (naturalmente) menor cilindrada, como na maior parte das vezes as ultrapassámos sem qualquer esforço.
As vantagens desta nova GS em todo-o-terreno evidenciam-se muito pelo facto de ser mais leve e acima de tudo mais estreita e mais ágil. Face à versão anterior 1250, é uma moto simplesmente mais fácil de conduzir e mais rápida em todas as situações, mas especialmente a curvar. O novo chassis completamente novo torna a moto mais rígida e permite muito controle em todas as situações. E o que mais me espantou foi a capacidade de corrigir a trajetória dentro da própria curva.
Tivemos ainda a oportunidade de ver as F 900 GS em andamento pela equipa da BMW Motorrad presente, mas só vamos pôr as mãos em cima dela no final de fevereiro, na apresentação oficial aos media.
RESUMO
Em jeito de resumo e voltando ao evento em si, já demos os parabéns à organização pelo que foi talvez a edição mais bem organizada das 11 já realizadas. Na sexta-feira foram 51 os quilómetros que ligaram Odemira a Lagos, no sábado demos uma volta circular que começou e acabou no Hotel Vila Galé em Lagos, e no terceiro dia (domingo) fizemos 124 km de lagos até Almodôvar, onde nos esperava um almoço de final do evento que nos deixou com vontade de fazer mais quilómetros.