O segmento das motos trail de média cilindrada tem evoluído consideravelmente à medida que as exigências e gostos dos motociclistas se tornam mais diversificados. A Voge 525 DSX destaca-se como uma candidata ao trono neste segmento, prometendo uma experiência equilibrada tanto na estrada como fora dela.
A nível estético saltam logo à vista neste modelo as jantes raiadas e os pneus mistos, que revelam logo os desafios para os quais a DSX está preparada. Contamos com uma assinatura ótica moderna entre as carenagens (totalmente LED, tal como toda a iluminação no modelo) e faróis auxiliares, que estão equipados de série.
Na secção lateral a estética continua bastante atraente, e reparamos que o assento é percorrido por costuras, que lhe dão um toque premium.
Mesmo na traseira encontramos um suporte para uma top-case, e para rematar a parte estética temos uma ponteira muito bem conseguida, com uma série de plásticos a imitar carbono, que além de agradarem a vista, ajudam a evitar que o passageiro se queime. Para ajudar no momento das manutenções encontramos um descanso central.
O MOTOR
Ao assumirmos os comandos desta Voge, a primeira impressão é marcada por uma entrega de potência robusta e controlável. O motor bicilíndrico de 494 cc debita 48 cv de potência, sendo o ideal portanto para se integrar na categoria de carta A2. Além disso, revela uma notável evolução em relação aos modelos anteriores, oferecendo um binário mais generoso numa faixa mais ampla de rotações. Isto traduz-se em acelerações suaves e uma resposta instantânea ao nosso punho direito. Apresenta contudo um ponto menos positivo: em rotações muito elevadas gera algumas vibrações, o que se torna um pouco desconfortável sobretudo em velocidades mais altas.
A caixa de 6 velocidades, proporciona uma experiência agradável e precisa quando alternamos as relações de caixa. A desmultiplicação desta é equilibrada, permitindo que esta DSX se destaque, tanto em velocidades elevadas nas autoestradas como nas deslocações urbanas. Quanto aos consumos, observámos uma média de 4,5 litros/100km, no entanto é fácil reduzir estes números sem muitas preocupações. Com um depósito de 16,5l de capacidade, a necessidade de abastecer não será uma preocupação constante durante as viagens mais longas.
A caixa de 6 velocidades, proporciona uma experiência agradável e precisa quando alternamos as relações de caixa. A desmultiplicação desta é equilibrada, permitindo que esta DSX se destaque, tanto em velocidades elevadas nas autoestradas como nas deslocações urbanas. Quanto aos consumos, observámos uma média de 4,5 litros/100km, no entanto é fácil reduzir estes números sem muitas preocupações. Com um depósito de 16,5l de capacidade, a necessidade de abastecer não será uma preocupação constante durante as viagens mais longas.
SAINDO DO ALCATRÃO
Uma verdadeira moto trail revela o seu verdadeiro caráter fora do asfalto, e é aqui que a 525 DSX demonstra sua versatilidade. Ao nível da ciclística, encontramos jantes de raios tubeless de 19” a frente e 17” atrás, o que é aceitável para aproveitarmos uma iniciação às nossas aventuras fora de estrada. A forquilha regulável da Kayaba, revela uma absorção eficaz das imperfeições do terreno, garantindo uma condução suave em terrenos acidentados. O facto de o conjunto pesar apenas 190 Kg (a seco), aliado aos aspetos referidos anteriormente, conferem à moto a capacidade de enfrentar com confiança qualquer tipo de estradão e até terrenos mais desafiadores. No momento de estacional a DSX temos à disposição um descanso lateral e um central, o segundo que é sempre bem-vindo no momento de efetuar as operações de manutenção.
Os equipamentos de proteção, como as barras laterais e as proteções de mãos, não contribuem apenas para a “estética off-road” da moto, mas também garantem a sua durabilidade em situações mais extremas. Nas nossas aventuras fora de estrada, a DSX enfrentou obstáculos naturais com uma agilidade surpreendente, passando uma sensação de confiança notável, mesmo para condutores com muito pouca experiência fora do alcatrão.
A segurança é uma prioridade fundamental, e a Voge 525 DSX não dececiona neste aspeto. Equipada com um sistema de travagem Nissin, os discos de 298mm aliados às pinças de duplo pistão na frente, oferecem uma resposta de travagem doseável e eficaz.
TECNOLOGIA
Neste âmbito, este modelo continua a ser bastante completo: temos 2 modos de condução, ECO e SPORT, no entanto a diferença entre ambos não é muito percetível. Contamos com controlo de tração e, como é claro, ABS. É nos permitido desativar as duas ajudas, o que é ótimo para aproveitarmos da melhor forma as aventuras off-road.
O painel de 7” é de fácil leitura, bastante completo, e navegar nele através dos instrumentos é algo muito intuitivo. Além disso, permite a ligação ao nosso telemóvel para podermos usar um sistema de navegação básica, que não é o ideal, mas serve para não nos perdermos.
Destacar ainda que, além da informação da pressão dos pneus, temos ficha de 12 V e uma entrada USB para carregarmos, por exemplo, o telemóvel.
Um dos pontos mais importantes para os motos que enfrentam longas viagens é o conforto. Neste caso, a DSX apresenta uma posição de condução ergonómica e os assentos do condutor e do passageiro são confortáveis, sendo fácil imaginar a realização de uma viagem longa aos comandos desta trail. Além disso, o para-brisas frontal, é ajustável (sem recurso a ferramentas) e desempenha um papel importante na redução do cansaço e na proteção contra o vento em velocidades mais elevadas.
Ainda assim, existem alguns detalhes que gostaríamos que fossem melhorados: a parte de borracha dos pousa-pés é um pouco mole e, por exemplo, quando fazemos uma condução em pé ficamos com uma sensação estranha de que não estamos bem apoiados.
O MELHOR Relação qualidade/preço, estética, versatilidade
A MELHORAR Vibrações do motor, posição do seletor das mudanças
Além disso, é preciso levantar muito o seletor para passar de relação de caixa, o que não se irá notar se eventualmente levarmos botas de MX calçadas, o que não nos parece que vá acontecer com um futuro proprietário, até pela dimensão das jantes, a meio caminho entre a estrada e o TT.
No final deste teste realizado com a Voge 525 DSX fica a certeza que o modelo superou as expetativas. Com este nível de equipamento e tecnologia o preço poderia assustar, no entanto sem despesas de legalização, podemos adquirir este modelo por 6.187€! Ah e com cinco anos de garantia. Este valor é uma mais-valia e faz com que a VOGE 525 DSX seja uma das melhores soluções qualidade/preço do mercado!
VOGE DSX525
MOTOR bicilíndrico em linha DOHC, 4 válvulas por cilindro, refrigeração líquida,
CILINDRADA 494 cc
POTÊNCIA 47,6 cv @8.500 rpm
BINÁRIO 44,5 Nm @7.000 rpm
CAIXA 6 velocidades
QUADRO multitubular perimetral em tubos de aço
DEPÓSITO 16,5 litros
SUSPENSÃO DIANTEIRA forquilha invertida Kayaba de 41 mm, curso de 150 mm
SUSPENSÃO TRASEIRA monoamortecedor ajustável, cursod e 145 mm
TRAVÃO DIANTEIRO 2 discos de 298 mm, pinças Nissin de 2 êmbolos
TRAVÃO TRASEIRO disco de 240 mm, pinça de 1 êmbolo
PNEU DIANTEIRO 110/80R19
PNEU TRASEIRO 150/70R17
DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 1.450 mm
ALTURA DO ASSENTO 830 mm
PESO 190 kg (a seco)
P.V.P. (desde) 6.187 €