No emocionante mundo das corridas de Superbike, poucos nomes ressoam com tanta intensidade como o de Jonathan Rea. A superestrela norte-irlandesa reflete sobre a sua extraordinária trajetória no Campeonato do Mundo de Superbike (WorldSBK), uma jornada que começou em 2009 e culminou nuns impressionantes 119 triunfos e seis títulos mundiais. À medida que Rea se aproxima do ocaso da sua ilustre carreira, expressa um profundo sentimento de gratidão pela feroz competitividade que definiu o seu percurso em pista.
Falando com paixão numa conferência de imprensa antes de um evento em Espanha, Rea declarou: “Fui abençoado.” As suas palavras ecoaram com o peso da experiência, enquanto recordava as batalhas travadas contra alguns dos maiores pilotos da história da modalidade. Desde o lendário Troy Bayliss ao formidável Noriyuki Haga, e mais recentemente estrelas em ascensão como Álvaro Bautista e Toprak Razgatlioglu, Rea enfrentou um verdadeiro “quem é quem” da elite do motociclismo.
Ao refletir sobre os seus primeiros anos no campeonato, afirmou: “Comecei neste campeonato em 2008, 2009. Tive a oportunidade de correr com os melhores: Bayliss, Corser, Haga, Spies, Melandri, Biaggi, Checa, Álvaro [Bautista], Chaz [Davies], Tom Sykes, Guintoli, e sinto-me verdadeiramente abençoado por ter tido esta oportunidade.” Estas palavras encapsulam a reverência que nutre pelos seus adversários, reconhecendo que as rivalidades forjadas em pista foram fundamentais para moldar a sua carreira.
Entre o panteão de rivais, há um nome que se destaca acima dos restantes para Rea: Chaz Davies. Quando questionado sobre quem considera o seu maior adversário, Rea apontou sem hesitação Davies, referindo as batalhas prolongadas entre 2016 e 2018 como particularmente especiais. “Para mim, é o Chaz [Davies]”, afirmou, sublinhando a intensidade e a importância dessa rivalidade. “Foi a batalha mais longa — durante muitos anos.”
Rea recordou ainda os desafios enfrentados durante a turbulenta temporada de 2021, em que ele e Razgatlioglu estiveram envolvidos num intenso duelo pelo título. “Acho que nem o Toprak nem eu queríamos realmente ganhar esse campeonato! Deitámos fora tantos pontos tantas vezes”, revelou, demonstrando a natureza imprevisível das corridas ao mais alto nível.
À medida que Jonathan Rea se prepara para encerrar o capítulo da sua notável carreira no WorldSBK, agora como piloto de testes da Honda, as suas reflexões servem como um poderoso lembrete da paixão, perseverança e rivalidades que tornam o desporto motorizado tão cativante.












