A Royal Enfield mostrou no Festival de Goodwood um conceito de aventura baseado na atual plataforma 650 bicilíndrica, mas com 850 centímetros cúbicos de cilindrada – elaborado em parceria com o artista David Gwyther, que se inspirou nas motos do Dakar nos anos 1980 e 1990.
Um roadbook retro, forquilha maior, jantes com raios e carenagem à medida são algumas das particularidades da moto, que também recebeu atualizações no quadro e tem um motor funcional. A decoração é dominada pelo lilás, que se conjuga com branco e com linhas cor-de-rosa.
Em entrevista ao MCN, David Gwyther falou de alguns pormenores técnicos: ‘Temos um cabeçote modificado para obter a inclinação correta e depois há o bloco de motor da GT/Interceptor com o diâmetro dos cilindros aumentado. A carroçaria é toda única e quando estávamos a pensar na forma como a criamos, teve tudo a ver com torná-la prática e reparável no deserto’.
Mas poderá esta Royal Enfield especial vir a tornar-se num modelo de produção? Mark Wells, diretor de design do construtor, negou que esses sejam os planos iniciais, embora reconheça que há procura por uma moto deste tipo:
– Esse é um puro projeto de personalização. O Adrian Sellers [diretor de Custom e Motorsport] e a minha equipa de personalização fez toda a carroçaria, e ele fez a pintura. Decididamente não foi feito como uma moto concetual do que poderá vir a haver no futuro. Não há dúvida absolutamente nenhuma – e não digo nada que não deva – de que é o mais solicitado para produto. Digo regularmente às pessoas em conversas, especialmente a jornalistas, o que pensam que devíamos fazer a seguir? E nove em dez vezes é isso que as pessoas dizem. Acho que temos histórico de ouvir as pessoas. […]. Não posso confirmar ou negar nada. Calculo que o que posso dizer é que a procura existe.