A competição no MotoGP tem-se revelado acirrada, com marcas como Ducati, KTM, Honda, Yamaha e Aprilia a batalharem pela supremacia. Contudo, a ausência de fabricantes suficientes na grelha de partida continua a ser uma questão. Desde 2022, a Suzuki abandonou a modalidade, uma lacuna que muitos esperam ver preenchida num futuro próximo.
Recentemente, surgiram sinais promissores de um possível regresso da marca japonesa. Toshihiro Suzuki, presidente da empresa e figura cujo apelido personifica a marca, expressou publicamente a sua vontade de voltar à elite do motociclismo. Em declarações ao Corriere dello Sport, afirmou com convicção: ‘Voltaremos às corridas e faremos isso para vencer’.
No entanto, essa ambição vem acompanhada de uma condição essencial: ‘Mas, para isso, precisamos primeiro resolver os nossos problemas no mercado. Se não tivermos uma gama completa e modelos detalhados para oferecer aos nossos clientes, estar no MotoGP não faz sentido’.
A referência à ‘gama completa’ pode suscitar dúvidas, considerando que a Suzuki já dispõe de uma linha diversificada de motos desportivas, modelos de aventura e outras categorias que satisfazem o público. No entanto, parece evidente que a marca procura algo mais. Para competir ao nível das Ducati V4, KTM V4 e das futuras Yamaha V4, seria necessário um modelo capaz de captar a atenção tanto dos entusiastas da competição como do mercado geral.
A emblemática GSX-R1000 permanece no catálogo, mas a sua falta de atualizações recentes faz com que já não seja a referência de outrora. Provavelmente, a visão de Toshihiro Suzuki passa por lançar um modelo revolucionário que posicione a marca no topo antes de regressar ao MotoGP.
Com as novas regulamentações da competição a entrarem em vigor em 2026, a Suzuki tem uma oportunidade para desenvolver algo que se destaque. O calendário joga a favor da marca, permitindo o tempo necessário para preparar uma entrada triunfal. Para já, resta apenas especular e aguardar. No entanto, tudo indica que poderemos ver a Suzuki de volta à grelha dentro de alguns anos – e, se o presidente estiver certo, com intenções de vencer.
By: AM