O adeus de Takaaki Nakagami ao MotoGP como piloto a tempo inteiro está por meses e a confirmação foi dada hoje, com o seu substituto também a ser desde logo anunciado: Somkit Chantra. O japonês falou assim sobre o seu futuro e expectativas, ele que irá continuar a trabalhar como piloto de testes para a Honda ao lado de Aleix Espargaró.
O número 30 da LCR Honda começou por falar sobre o seu futuro e não continuidade na categoria, em palavras à imprensa na antevisão do GP de Aragão: ‘Estou à espera de muitas coisas. Vou desenvolver a moto como piloto de testes no Japão e, claro, na Europa. E vou fazer algumas corridas como wildcard. É uma grande mudança, claro. Mas, nos últimos anos, têm-me faltado algumas coisas. Tenho velocidade, mas por várias razões não pude continuar aqui. Por isso, acabei por receber uma proposta da HRC e tomei a decisão. Não pensei muito no assunto, aceitei imediatamente. O meu principal objetivo será ajudar a desenvolver a moto no Japão’.
E seu entusiasmo pelo futuro, onde irá trabalhar a partida do seu país natal, é grande, ao mesmo tempo que se mostrou feliz pelo seu sucessor: ‘Vai ser muito emocionante, este novo capítulo. Sinto-me muito bem e feliz também pela Chantra. É uma grande oportunidade também para ele. Por isso, quero explicar-lhe ou ajudá-lo de alguma forma, com a minha experiência, porque sei que não vai ser fácil. Nunca pilotei as atuais motos de Moto2 com motor Triumph, mas sei que são dois mundos’.
Nakagami irá trabalhar com o futuro novo piloto de testes da Honda, também atualmente membro da grelha, ainda que não saiba em que moldes:
– Ainda não sei que tipo de colaboração vou ter com o Aleix Espargaró. Durante este fim de semana vou pedir mais pormenores, até porque ainda não sei exatamente quando vou começar o meu novo trabalho. Mas parece que não vou ter uma verdadeira pausa de inverno, vou ter de fazer um teste no Japão já no final do ano. Será em Valência, mas ainda não sei se vou ter uma moto. Em todo o caso, estarei lá para ajudar o Chantra no seu primeiro dia.
As saudades da sua família foram também decisivas na sua decisão de aceitar de ‘imediato’ o convite da Honda para a posição que lhe foi proposta: ‘É claro que tenho saudades da minha família no Japão. Esta vida de motociclista leva-nos a viajar muito, a passar grande parte do tempo no aeroporto. Por isso, pensei muitas vezes que já estava farto. Mas também penso que, quando viajar menos, vou sentir falta deste estilo de vida’.
E concluiu: ‘Talvez também vá ver muitas vezes as corridas na Europa, porque acho que faz sentido para mim ouvir os comentários dos pilotos de fábrica e perceber como trabalham nos testes. Vou viver no Japão, mas acho que vou continuar a passar muito tempo na Europa’.