Em 2026, o MotoGP voltará a ter um Grande Prémio no Brasil – algo que não acontecia desde o GP do Rio de Janeiro de 2004, há mais de duas décadas.
Nessa ocasião, o evento realizou-se no Autódromo Internacional Nélson Piquet (Jacarepaguá) no Rio de Janeiro – entretanto, já demolido. Foi a terceira época da era MotoGP, quando as categorias de promoção ainda eram 125cc e 250cc.
Na altura, no MotoGP a pole position foi do surpreendente Kenny Roberts Jr. (Suzuki), que levou a melhor face a Max Biaggi (Camel Honda) por 0,154s com uma nova volta recorde do circuito (1m48,418s). Havia um brasileiro a competir em casa: Alex Barros (Repsol Honda), que se qualificou em quinto.
A corrida foi intensa e selvagem. Sete Gibernau (Telefonica Movistar Honda) cometeu um erro logo na primeira volta e caiu, o que abria a porta da liderança do campeonato a Valentino Rossi (Gauloises Fortuna Yamaha)… que também viria a cair mais tarde, quando lutava pelas posições de pódio.
Mas a grande surpresa do dia foi Makoto Tamada (Camel Honda), que depois de arrancar de sétimo encontrou forma de disputar a vitória com Biaggi e Hayden. O nipónico confirmou mesmo a vitória, superando Biaggi por 2,019s. Hayden foi terceiro, e Barros despediu-se dos Grandes Prémios no Brasil com um quinto posto.
Pelo meio, além da melhor volta de sempre do MotoGP no já demolido circuito carioca (1m48,418s, por Roberts Jr. na qualificação), foi também efetuada a volta recorde em corrida: 1m49,789s, por Tamada.
Nas outras classes, Manuel Poggiali bateu Dani Pedrosa para vencer nas 250cc, enquanto nas 125cc Héctor Barberá superou dois nomes que viriam a dar cartas nos anos seguintes – Casey Stoner e Andrea Dovizioso.