Um dos grandes desafios que Marc Márquez enfrentou na sua carreira no motociclismo foi a diplopia. Este surgiu-lhe em 2011, na sequência de uma forte queda quando estava no Moto2, e ressurgiu em 2022 também depois de um acidente.
Álex Crivillé sabe o que é ter problemas de visão na sequência de quedas. O campeão do mundo recordou o seu caso numa entrevista ao podcast Dura la Vita: ‘Tive um acidente na Jugoslávia em 1990 com a Yamaha. Fiquei inconsciente, de ir contra os fardos de palha, e depois via de um lado em negro e de outro lado em branco. Deixaram-me ir para casa neste estado’.
O ex-piloto recuperou pouco depois, mas realçou que Márquez teve muitas dificuldades com o problema de diplopia: ‘Aconteceu-me isto, mas depois de alguns dias recuperei perfeitamente a visão. Mas o caso do Marc foi muito difícil, penso que ele trabalhou bastante’.
Em 2001, Crivillé decidiu acabar a carreira depois de ter desmaios e tonturas demasiado frequentes, e acredita que as quedas fortes podem ter tido algum papel nesses problemas:
– Sempre pensei que a raiz destas quedas levou, posteriormente, ao longo dos anos, ao outro problema. Não se sabe muito por que é que aconteciam aquelas tonturas e aconteciam coisas neurológicas. Mas sempre pensei que estas quedas, em que bates com a cabeça, em que ficas uns segundos inconsciente, passam fatura.