A BMW tem tido uma época que nem nos seus melhores sonhos imaginaria ter no Mundial de Superbike. Até ao ano passado, mesmo lutar pelos pódios era pouco habitual, e agora com Toprak Razgatlioglu tem 15 vitórias – 13 delas consecutivas.
Apesar desta superioridade, o diretor técnico Chris Gonschor frisou ao site oficial do campeonato que ainda tudo está muito equilibrado e espera ter essas lutas renhidas:
– É uma primeira parte muito forte, mas como virão em Portimão, para o Toprak é difícil de lutar, por isso ainda falta um longo caminho. Tenho a certeza de que outros pilotos são muito competitivos e irão ripostar. Viram na segunda corrida de Portimão o quão renhido pode ser, como deveria ser uma vez que são corridas. O Toprak quer lutar; queremos ter uma boa luta com os nossos adversários.
Gonschor considera que a sequência de vitórias deste ano é inesperada e não é realista que continue: ‘A primeira parte foi mais forte do que alguma vez poderias sonhar! É irrealista que possa continuar assim. Iremos lutar outra vez pelo máximo em Magny-Cours e em todas as rondas vindouras, mas é verdadeiramente irreal. Não há modo de imaginar algo assim, e seria errado imaginar algo assim. Era claro que podíamos ter um ritmo forte depois dos testes de inverno. Era claro que, mesmo depois do primeiro teste com ele em Portimão, que os tempos de volta estavam próximos aos que precisas para ganhar corridas. Ganhar corridas era o objetivo e também realista. Ganhar 13 consecutivas, 15 ao todo, a meio da época é algo de que podes desfrutar, mas nunca planear’.
Para este sucesso, foi chave melhorar a vários níveis, como referiu o diretor técnico: ‘A diferença é que melhorámos cada parte, incluindo, seguramente, o piloto. No fim de contas, o puzzle ficou perfeitamente alinhado em conjunto. Mudámos a aerodinâmica, o braço oscilante para cima e para baixo para entender melhor a moto. Os dados da equipa de testes, tivemos mais trabalho de casa para fazer ao longo dos meses, por isso produzimos peças, produzimos dados, produzimos peças, testámos, mas logo desde Misano tivemos o conjunto em linha. Estávamos sob controlo com o que precisamos. Não há nenhuma peça que mudássemos. Tivemos de mudar tudo. Se olharem para as últimas duas ou três épocas, não foram tão bem-sucedidas como desejaríamos que fossem. Tínhamos de dar um grande passo e o grande passo é possível se afinares todas as peças’.