Depois do salto competitivo que a Aprilia deu no ano passado, a fasquia estava alta para 2023, com o objetivo de ficar ainda mais perto do título de MotoGP. No entanto, ao contrário do que aconteceu em 2022, Aleix Espargaró nunca entrou verdadeiramente nessa disputa e terminou o campeonato apenas em sexto.
O início da segunda parte da época foi promissor para Espargaró. Em Silverstone, uma das suas pistas favoritas, alcançou o primeiro triunfo do ano. Um resultado que abria boas perspetivas para o que restava da época. Na altura, o #41 comentou que depois das expectativas muito altas cometeu muitos erros e não obteve os resultados que a velocidade permitiria:
– É uma boa sensação. Estou muito contente por estar de volta ao topo. Talvez no começo da época a expectativa fosse demasiado alta em mim, na equipa, por isso cometi demasiados erros. […]. Perdi muitos pontos. Tive uma boa velocidade […], estive muito perto do Pecco [Bagnaia], a liderar, mas não importa: tens de ser veloz no domingo. Por um ou outro motivo não fui capaz de realmente corresponder a minha velocidade com resultados.
Sem grande surpresa tendo em conta as características da Aprilia, o GP da Áustria terminou com um modesto nono lugar para Espargaró, que reagiu com um domínio notável para a vitória no GP da Catalunha numa dobradinha do construtor de Noale. Um resultado do qual falou assim em conferência de imprensa: ‘Estou muito contente pela Aprilia. Penso que é um momento muito histórico. Estou muito orgulhoso da Aprilia, porque viemos de muito, muito longe. E a Aprilia tem de estar muito orgulhosa de mim e do Maverick, porque juntos fizemos um trabalho fantástico e histórico’.
Duas vitórias em três rondas após o interregno de verão. Estaria Espargaró a caminho de uma improvável recuperação para se imiscuir na luta pelo título? O tempo deu uma resposta negativa: daí em diante, os resultados quebraram, existiram alguns problemas – abandonou em três ocasiões – e só conseguiu mais um top cinco. Deste modo, acabou mesmo por perder o top cinco no campeonato, sendo ultrapassado por Johann Zarco (Prima Pramac/Ducati) na Malásia.
Mais uma vez, Espargaró deu sinais de uma Aprilia competitiva, mas faltou consistência de rendimento em vários momentos da época. Também parece não ter tido a melhor adaptação possível às corridas Sprint: fora a vitória na de Barcelona, só por quatro vezes terminou entre os cinco primeiros. Fica a sensação que há potencial para mais, e em 2024 o piloto poderá tentar de novo comprová-lo naquela que pode ser a sua última época da carreira.
Época de 2023 de Aleix Espargaró:
GP de Portugal: 6.º Sprint/9.º GP – 7.º no campeonato
GP da Argentina: Abandono Sprint/15.º GP – 13.º no campeonato
GP das Américas: 4.º Sprint/Abandono GP – 13.º no campeonato
GP de Espanha: Abandono Sprint/5.º GP – 13.º no campeonato
GP de França: 8.º Sprint/5.º GP – 11.º no campeonato
GP de Itália: 8.º Sprint/6.º GP – 9.º no campeonato
GP da Alemanha: 9.º Sprint/16.º GP – 9.º no campeonato
GP dos Países Baixos: 4.º Sprint/3.º GP – 8.º no campeonato
GP da Grã-Bretanha: 5.º Sprint/1.º GP – 6.º no campeonato
GP da Áustria: 7.º Sprint/9.º GP – 7.º no campeonato
GP da Catalunha: 1.º Sprint/1.º GP – 5.º no campeonato
GP de San Marino: 8.º Sprint/12.º GP – 5.º no campeonato
GP da Índia: Abandono na Sprint e no GP – 5.º no campeonato
GP do Japão: Abandono Sprint/5.º GP – 5.º no campeonato
GP da Indonésia: Abandono Sprint/10.º GP – 5.º no campeonato
GP da Austrália: 8.º GP (não houve corrida Sprint) – 6.º no campeonato
GP da Tailândia: 5.º Sprint/8.º GP – 5.º no campeonato
GP da Malásia: 12.º Sprint/Abandono GP – 6.º no campeonato
GP do Qatar: Abandono na Sprint e no GP – 6.º no campeonato
GP de Valência: 13.º Sprint/8.º GP – 6.º no campeonato














