A tabela de tempos deixa-o evidente: a Honda teve uma sexta-feira muito complicada em Austin, ficando com os seus quatro pilotos nas quatro últimas posições do treino. Joan Mir (Repsol Honda) foi 20.º e antepenúltimo, a quase meio segundo de Johann Zarco (LCR Honda) que ficou em 19.º.
O campeão de 2020 não escondeu que se tratou de um dia difícil e revelou que o problema está identificado, persiste e foi seguida uma direção errada no desenvolvimento:
– Foi tão difícil como em Portimão. Esta é a realidade. […]. Estamos a ter alguns problemas que… mais dificuldades do que esperava provavelmente depois dos testes no início da época. Este problema em diferentes pistas não está a melhorar, não estamos a melhorar. Não posso mesmo falar sobre qual é o problema, mas penso que seguimos uma direção que não foi correta e agora estamos a pagar as consequências. Temos de continuar a trabalhar. A questão é que detetámos o problema e agora precisamos de trabalhar nele.
Embora considere que poderia ter ficado melhor classificado no treino de ontem, Mir considera que a entrada na segunda fase da qualificação não estava ao alcance, enquanto em 2023 não ficou longe: ‘A realidade é que a minha posição não é real porque caí, mas penso que não tinha hipótese de ir para a Q2. E no ano passado estava mais perto. Falhei a Q2 por um par de décimos. A minha pilotagem aqui não foi perfeita e penso que melhorei aí, mas por algum motivo neste momento estamos com mais dificuldades do que no ano passado nesta pista e provavelmente também em Portimão’.
De seguida, o espanhol falou de dois aspetos em que a moto piorou face a 2023: ‘A travagem e a curva antes… uma coisa que era muito boa e podíamos ver é que a moto era mais ágil do que as outras motos. Agora não é ágil’.
Questionado sobre se a Honda tem noção de que mudanças precisa de fazer, o maiorquino retorquiu: ‘Sim. O importante é assumir a responsabilidade sobre o que está a acontecer, mudar rápido e tentar modificar a direção rápido. Isto é muito importante. Aqui é onde temos de ser inteligentes, essas concessões irão ser muito úteis para o fazer’.
Por fim, Mir comentou: ‘No ano passado estava com menos dificuldades para fazer uma volta, e isto tornava o fim de semana mais fácil. Em Portimão e no Qatar fomos muito mais lentos na volta rápida do que no ritmo de corrida – especialmente eu. No ano passado provavelmente era o oposto; a moto era mais reativa e era mais fácil tirar proveito do do pneu. Este ano não consegues atacar como no ano passado provavelmente’.