Marc Márquez é atualmente um dos pilotos da Gresini no MotoGP, mas o seu contrato expira no fim de 2024. E, caso consiga voltar a lutar pelas posições cimeiras de forma consistente como parece ser o caso neste início de época, é improvável que aceite continuar numa equipa satélite. E se a KTM – ou melhor, a MV Agusta – for o seu próximo passo?
Recentemente, o Grupo Pierer Mobility adquiriu a posição maioritária de 50,1 por cento na MV Agusta – que já possuía parcialmente. Ausente dos Mundiais desde 1976, o construtor italiano continua a ser mítico, mas tem passado por dificuldades financeiras há vários anos.
Como poderia consumar-se o regresso ao MotoGP? Por uma de duas vias. Uma seria a mais simples e rápida – a KTM ter uma segunda equipa satélite (acredita-se que está em conversações com a VR46 nesse sentido) usando a KTM RC16 apesar de ter uma identidade diferente, como a Red Bull GasGas Tech3. Outra, seria esperar por 2027 e pelos novos regulamentos tendo um projeto separado – possibilidade que Stefan Pierer deixou em aberto no fim do ano passado.
Com Márquez a ser um piloto no mercado, a KTM – ou, melhor, o Grupo Pierer Mobility – pode tentar garantir os seus serviços em 2025, projetando um eventual futuro conjunto com a MV Agusta. E essa possibilidade já foi especulada por Ricard Jové na DAZN em 2023: ‘Sabem qual é o sonho da KTM? Sabem qual é o exercício de marketing que a KTM quer mesmo fazer no futuro? Ter o Marc Márquez numa MV Agusta’.
Para já, tal não é possível, uma vez que a MV Agusta não está presente. Das possibilidades descritas anteriormente, até poderia haver um misto de ambas. Um começo como equipa satélite de facto em 2025 com ou sem Márquez – os ciclos contratuais costumam ser de dois anos, pelo que poderia muito bem assinar por outro construtor ou equipa… e ficar disponível para em 2027 integrar um eventual projeto próprio da MV Agusta com uma moto homologada separadamente da KTM RC16.