As épocas recentes não têm sido fáceis para os pilotos da Yamaha no MotoGP. A YZR-M1 é atualmente uma das motos menos competitivas de todas, e há que conviver com o facto de não ser possível lutar por lugares cimeiros.
Álex Rins não escondeu que a gestão é complicada de fazer, afirmando ao podcast Por Orejas: ‘Com mais tempo, quando acabas a temporada, olhas para trás e vês tudo o que fizeste, tudo o que trabalhaste, e fora da temporada dá para pensar em muitas mais coisas que não tens tempo de pensar durante a época. É certo que é difícil de gerir o facto de ir para uma corrida e saber que não vais ganhar. Isso é complicado, é muito difícil de gerir’.
Em todo o caso, o espanhol conseguiu lidar com a situação, algo que o deixa orgulhoso: ‘Tens de ter uma grande equipa por trás, que te ajude a trabalhar nisso, a pensar nisso. E estou contente, porque não existiu nenhuma corrida a que eu fosse e dissesse, «Que preguiça, tenho de ir para o outro lado do mundo sabendo que não vou ganhar». Estou orgulhoso disso, porque não é nada fácil. Há outros pilotos da grelha com quem fui falando ao longo da temporada, e são coisas que me disseram: «É uma merda, porque vou a este circuito»; ou «A temporada está a tornar-se bastante larga para mim porque sei que não tenho possibilidades de ganhar»’.
Sem a possibilidade de lutar por resultados fortes como no passado, Rins estabelece outras metas para manter a motivação: ‘Estou satisfeito, porque todo o trabalho que tenho feito até agora, não é uma coisa que tenha logo pensado. Desde logo há momentos do fim de semana em que te vês na última, penúltima ou antepenúltima fila da grelha e dizes: «Não quero estar aqui!». Mas rapidamente mudas o chip: «Vou pôr como objetivo ultrapassar; vou pôr como objetivo fazer uma boa partida, uma primeira volta muito boa». E outra coisa é a gestão de corrida’.