Apesar de ser visto como o favorito antes do fim de semana, Francesco Bagnaia deixa Misano sem qualquer vitória no GP de San Marino. Este domingo, liderou a corrida durante muito tempo, mas acabou por não conseguir suster Marc Márquez (Gresini/Ducati) quando alguns chuviscos tornaram as condições mais desafiadoras, e favoráveis ao espanhol.
O italiano da Ducati disse em conferência de imprensa que, ao ver Jorge Martín (Prima Pramac/Ducati) trocar de pneus soube que não precisava de arriscar, enquanto depois encontrou um Márquez imbatível e acabou por se resignar com o segundo lugar:
– Claro que queria ganhar em qualquer caso. Assim que começou a chover vi o Jorge a entrar nas boxes e disse: «Não preciso de correr quaisquer riscos, ele não irá pontuar». O cheiro não era o de chuva. Portanto, eu tinha a certeza de que eram alguns pingos de chuva, e aparte disso só tentei ser competitivo quando começou a chover, mas eu estava a ver que o Marc estava a chegar, e ele é o mais corajoso nestas condições. Assim que ele me ultrapassou, eu tentei voltar a ultrapassá-lo, mas não tive uma boa hipótese de o fazer. A única hipótese era fazer um mergulho bomba, e não era a maneira correta. Por isso, tentei segui-lo, e nas últimas quatro voltas comecei a perder tempo. E a minha condição física… é mais que decidi acabar em segundo, e desse momento em diante comecei a sentir muita mais dor porque eu estava menos focado no desempenho, e a partir desse momento foi muito complicado.
Uma vez mais, Bagnaia reforçou a superioridade de Márquez nesta corrida: ‘Hoje o Marc foi simplesmente mais veloz, e vê-se muito a coragem dele quando começou a chover. E a partir desse momento foi complicado ultrapassá-lo de volta, porque o ritmo era parecido. Eu era mais forte do que ele na curva 11, ele era simplesmente muito mais veloz na curva 15/16, e foi difícil ultrapassá-lo de volta’.
Segundo o campeão de 2022 e 2023, os problemas físicos fizeram-se sentir quando começou a perder o foco na corrida por estar resignado com o segundo lugar: ‘Enquanto estive muito focado, eu fui capaz de pilotar bem, mas assim que comecei a perder um bocado o foco, porque vi que o Enea [Bastianini] estava quatro segundos atrás, comecei a arriscar demasiado atrás do Marc – a dianteira estava a começar a bloquear muito – só decidi abrandar um bocado e a partir desse momento as quatro voltas foram um desastre. Em qualquer caso, mesmo se eu estivesse a 100 por cento não seria fácil bater o Marc hoje. O ritmo dele foi fantástico, ele fez 1m31,5s na volta 20, portanto acho que este foi o momento em que ele fez a diferença. A sorte é que dentro de duas semanas voltaremos aqui e estarei a 100 por cento, então tentarei ter outra hipótese de vitória’.