A permanência de Jorge Martin na Aprilia está sob forte especulação, e uma possível saída no final desta temporada poderá causar um efeito dominó no mercado de pilotos de MotoGP para 2026. O piloto espanhol, atual campeão do mundo mas ainda a recuperar de lesões nas costelas sofridas no Qatar, terá visitado discretamente o paddock de Le Mans com um objetivo claro: discutir a cláusula de saída antecipada prevista no seu contrato.
Segundo cláusula no contrato do campeão, Martín poderá abandonar a equipa no final de 2025 caso não esteja nos lugares cimeiros do campeonato até ao GP de França. Tendo em conta que só participou na ronda inaugural e abandonou a corrida principal devido a nova lesão, o cenário criou dúvidas sobre a validade da cláusula. Aparentemente, Martín pediu uma extensão de seis corridas para avaliação do seu desempenho, algo que não terá agradado à Aprilia.
Caso esta relação chegue a um impasse irreversível, há quatro equipas com lugares disponíveis em 2026 que poderiam acolher Martín. Entre elas, destaca-se a equipa oficial da Honda, onde Joan Mir ainda aguarda confirmação de colega de equipa. A forte ligação de Martín com Aleix Espargaró, agora piloto de testes da marca, poderá pesar nas negociações.
Outra hipótese seria o regresso à Pramac, agora aliada à Yamaha. Apesar de Jack Miller ter contrato apenas para esta temporada, a sua forma actual poderá complicar a entrada de Martín, sendo que Miguel Oliveira tem contrato até ao final de 2026, estando por isso seguro. Ainda assim, a familiaridade do espanhol com a estrutura da Pramac pode ser um trunfo.
De referir que Martín disse reiteramente que queria estar numa equipa com estatuto de fábrica, como é o caso da Aprilia Racing, pelo o que se essa exigência se mantiver como decisiva, a Honda poderá mesmo ser o «único» destino possível.
Certo é que Zarco continua a ganhar «pontos» dentro do seio da Honda, sendo que foi até já falado alegadamente como potencial (e provável) piloto a rumar à estrutura de fábrica para 2026, sendo que agora tudo volta a estar em cima da mesa… alegadamente.
