Vencedor na edição de 2024 do Rally Dakar ao triunfar pelo terceiro ano consecutivo no Veteran Trophy, Mário Patrão regressou a Portugal e fez um balanço da sua participação na mais importante competição mundial de todo-o-terreno numa conferência de imprensa que teve lugar no edifício do Crédito Agrícola, em Lisboa. Nesta que foi a sua 11ª participação na grande maratona disputada na Arábia Saudita o piloto luso, que competiu aos comandos de uma Honda CRF 450 RS2 Rally, venceu 11 das 12 etapas disputadas, numa competição que percorreu um total de 7.881 quilómetros, dos quais 4.727 cronometrados.
“Fizemos um bom Dakar onde quase tudo correu muito bem. Foi um Dakar duro, com muitos quilómetros, muito cansativo, com muitos perigos, muita areia, muita pedra, mas a mota portou-se à altura, não tivemos registos de problemas de maior. Houve algumas quedas, mas das quais recuperei bem. Foi bom para mim e importante para os patrocinadores. Estivemos muito seguros, não arriscámos demasiado. Arriscámos quando foi necessário, mas sempre com alguma cautela, porque a qualquer momento a corrida pode acabar se algo correr mal e podemos vir para casa mais cedo. É preciso ter algum cuidado. Tivemos esse cuidado e as coisas acabaram por correr bem. Ganhámos alguma vantagem, algum conforto desde os primeiros dias e a dada altura a preocupação já não era com os adversários, mas comigo e com a máquina”, explica Mário Patrão sobre a sua primeira experiência desportiva aos comandos da experimental Honda CRF 450 RS2 Rally salienta:
“Fomos contactados pela Honda no final de novembro no sentido de saber se queríamos fazer parte do projeto. Tentámos perceber que mota seria e qual o objetivo. Fomos convidados a ir testar a mota em Itália em meados de dezembro, mas tal acabou por não ser possível. O que custou mais foi ir para o Dakar sem conhecer a mota. Quando chegámos fizemos um shakedown de 60 km. No prólogo senti muita dificuldade com a mota, na primeira etapa também, mas depois tudo foi acontecendo naturalmente, fui-me habituando. A mota é boa, tem condições, este projeto da Honda dava garantias de qualidade e sabia que estaria bem com a mota que me iam entregar. Daí termos arriscado fazer um Dakar sem testar a mota. Estive confiante, e tudo correu bem”, salientou o piloto que conta com mais de duas dezenas de títulos nacionais, repartidos entre todo-o-terreno e enduro.
Com uma carreira desportiva desde 2006 ligada ao Crédito Agrícola onde se destacam muitos títulos e sucessos conquistados Mário Patrão agradece todo o apoio que tem recebido e assume que tem dificuldade em imaginar como teria sido o seu percurso sem este importantíssimo contributo. Uma parceria que, para o Crédito Agrícola, tem sido também muito positiva:
“Esta experiência tem sido muito positiva para o Crédito Agrícola que tem elevado a nossa marca. O nome do Crédito Agrícola tem sido levado aos quatro cantos do mundo através da prestação do Mário Patrão. Este igualmente divulga a nossa marca por todo o país, que está em linha com a aposta na valorização e desenvolvimento regional, uma vez que o Crédito Agrícola é o banco português com a maior rede bancária”, referiu Licínio Pina, Presidente do Grupo Agrícola que, sobre a performance do piloto acrescentou que “Acompanhámos o percurso do Mário com muito entusiasmo e o piloto demonstrou ser resiliente e conseguiu uma vitória excelente. Para nós é um orgulho tê-lo como patrocinado e poder partilhar com ele esta vitória”.