O ano de 2025 ficará para sempre gravado na história da Honda e, por arrasto, na própria história da mobilidade em duas rodas. A marca japonesa atingiu um número nunca antes alcançado por qualquer fabricante: 500 milhões de motos produzidas a nível global desde o início da sua atividade industrial.
Este marco impressionante foi alcançado 76 anos depois de a Honda ter iniciado a produção em série, em 1949, com a Dream D-Type. O número simbólico 500 milhões corresponde a uma Honda Activa produzida na Índia, país que hoje representa um dos pilares estratégicos da marca a nível mundial, tanto em volume como em crescimento sustentado.
Mais do que um simples número, este recorde reflete uma filosofia industrial única. Desde cedo, a Honda apostou numa estratégia de produção descentralizada, baseada no princípio de fabricar localmente onde existe procura real. Essa abordagem começou fora do Japão ainda em 1963, com a abertura da primeira fábrica europeia na Bélgica, e viria a moldar uma rede industrial verdadeiramente global.



Ao longo das décadas, a marca construiu uma presença sólida em mercados-chave da Ásia, Europa, Américas e África, acompanhando a evolução das necessidades de mobilidade em cada região. O resultado é uma estrutura produtiva presente em 23 países, capaz de fabricar mais de 20 milhões de motos por ano, servidas por uma rede mundial de dezenas de milhares de concessionários.
A história da Honda nas duas rodas também se confunde com alguns dos modelos mais influentes de sempre. A Super Cub, que ultrapassou a fasquia das 100 milhões de unidades, tornou-se o veículo motorizado mais produzido da história. A Gold Wing, que celebrou recentemente meio século de existência, simboliza a capacidade da marca em liderar também nos segmentos de topo. Cada uma destas motos ajudou a construir a reputação de fiabilidade, acessibilidade e inovação que sustenta este feito histórico.


Depois de um abrandamento temporário provocado pela pandemia, a produção e a procura global recuperaram de forma consistente. Em paralelo, a Honda entrou numa nova fase estratégica, integrando progressivamente a eletrificação na sua gama de motos e scooters, sem abdicar da diversidade de soluções técnicas que sempre caracterizou a marca.


O objetivo declarado passa por conjugar crescimento industrial, neutralidade carbónica e acesso à mobilidade para um público cada vez mais alargado. Um desafio complexo, mas coerente com uma empresa que fez da tecnologia uma ferramenta ao serviço das pessoas e que, em 2025, provou que nenhuma outra levou essa visão tão longe no universo das motos.



Imagens: Honda














